terça-feira, 20 de julho de 2021

Amigo


Isso é certo: a gente entra na Orientação por sugestão de amigos ou familiares. Precisa haver um laço de confiança entre as partes.
“Vai lá! É muito legal! Não iria te colocar numa furada!”.

Aqui não começamos (e nos mantemos) de forma diferente. Cada um contribuiu com seu vínculo fraterno para constituir o tecido da Autidó.

Mas, como tudo, teve um início.

Você, que está chegando hoje à Autidó, talvez nem saiba da herança que você carrega de cada um que te precedeu. Em especial, dessa duplinha.

Rodrigo e Mário em 2016 - Campor Agudos


Eles convidaram todos os seus  “chegados” para conhecer a Orientação, que convidaram outros, e outros, e outros...
Aí,
... estamos aqui.

O Mário arrastou sua namorada (logo depois, esposa). E um monte de conhecidos. Emprestou seus contatos para alavancar a Autidó.

Laura e Mário

O Mário praticou por um bom tempo a Orientação conosco.
Participou de várias etapas do Paulista.

Itapetininga em 2017


Guaratinguetá em 2017


Rio Claro em 2017


Iperó em 2018

Mas você acha que o Mário ficava só de camisa azul, quer dizer, só competindo?
Nada disso! Ele foi peça essencial no primeiro Campeonato Paulista que a Autidó organizou. Foi no Seminário de Agudos em 2017.
Também organizou, de camisa laranja, o inovador Sprint do Campeonato Paulista na Unesp de Bauru.

Bauru em 2019


Quando ele ía aposentar sua camisa azul para usar o uniforme da Autidó, mudou-se com a Laura para Marília.
Ainda assim, mantinha contato, dava sugestões e, volta-e-meia,  aparecia em alguma atividade.

Também tem que ser lembrado que o Mário foi um dos primeiros concludentes do Curso de Iniciação ao Esporte Orientação.

Cerimônia de conclusão do Curso em 2017

Ele ainda ía nas trilhas (hiking) da Autidó.

Piratininga - 2017

No último dia 10 de julho, resolvemos prestar uma homenagem ao Mário.
Foi no Treinamento Inicial de Orientação.
Nada mais significativo. O TI é a porta de entrada da Orientação.
Quem chega ao TI o faz pela indicação de um amigo.

AMIGO
É a lembrança que a gente guarda do Mário.
Era aquele amigo que te convidava pra uma atividade surpreendentemente sensacional, a Orientação.
A amigo que faz falta pra gente.
O amigo de conversa fácil, gentil, inteligente, espontâneo, leve e alegre.

Esse amigo vai ficar eternizado com sua foto ilustrando o Treinamento Inicial de Orientação na Autidó.
Foto da chegada do Mário na primeira vez que a Autidó foi para um Campeonato Paulista como uma equipe, em Itapetininga, 02 de abril de 2017.

A imagem transmite tudo o que a gente quer deste esporte: leveza, satisfação e diversão.




quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Voar

Certa vez, estava conversando sobre mergulho, como se praticava, que muitos apreciavam esta atividade. Só que eu não! Achava algo sufocante, uma máscara apertando o rosto, uma tonelada de agua em volta...
Mas aí me mostraram um outro lado que mudou meu pensamento. Falou-se que o mergulho não é uma prisão. Ao contrário, quando se está debaixo d'água é como voar, pode-se ir para qualquer direção, para cima, para baixo... É liberdade!!!

Taí! LIBERDADE.
É esta a sensação quando se domina as técnicas de orientação.
É incrível, mas parece que o mapa fala com você. As curvas de nível te transportam. O terreno passa a ser familiar. Se um lugar é desconhecido, a orientação com mapa liberta. É você no controle.

Nessa vibe de se sentir ilimitado, uma música reflete bem esse sentimento. Fala em poder ir por aí, de não ter amarras a qualquer lugar, em linguagem poética e com melodia envolvente.
Linha do Horizonte, do grupo Azimuth, do início dos anos 70.

Liga o som.
Fecha os olhos.
E se inebrie com a sensação de liberdade.


 

 ♫   ♪

É...
Eu vou pro ar
No azul mais lindo
Eu vou morar.
Eu quero um lugar
Que não tenha dono
Qualquer lugar.
Eu...
Quero encontrar
A rosa dos ventos
E me guiar.
Eu quero virar
Pássaro de prata
E só voar.
É...
Aqui onde estou
Esta é minha estrada
Por onde eu vou.
E quando eu cansar
Na linha do horizonte
Eu vou pousar.

♬  ♩ 

sábado, 5 de janeiro de 2019

Carta de Intenções da Autidó


Vamos deixar o pensamento voar...
Já pensou se houvesse uma pista de Orientação todo final de semana?
Acabou a semana, ... não tem nada pra fazer, ...
Aí tem uma pistinha programada em alguma cidade da região. Se você perder essa, sabe que no outro fim de semana tem outra. Sempre tem uma pra malhar, ou "descansar a cabeça", ou viajar, ou treinar, ou só pra ver o pessoal. Não seria legal?!?!
Administradores chamariam isso de VISÃO DE FUTURO da Autidó. Seria um sonho!!!...
É um sonho. Mas daqueles possíveis.
Não é nada de outro mundo. A Inglaterra tem um esquema assim. Aliás, vai além: tem várias pistas nas sextas, sábados, domingos e feriados. Olha aqui!

A Autidó nutri um profundo desejo de reunir pessoas da região para praticar a deliciosa atividade de orientação e navegação. Planejar e dominar os seus destinos, geograficamente falando, é muito legal! E fica mais legal se for em grupo. Afinal, de que valem nossa aventuras se não tivermos pra quem contar? E se falou em aventura com mapa, falou no esporte Orientação.
Reunir pessoas - isso é meio que a razão da Autidó existir. Como se fosse uma MISSÃO, diriam estrategistas.

Nessa caminhada para juntar a turma na Orientação, alguns pontos são muito importantes. Poderíamos dizer que são VALORES inegociáveis para a Autidó.
O primeiro ponto é o espírito fraternal que deve guiar este grupo, para que nos sintamos acolhidos como em casa. Essa casa tem que ser edificada com o cimento do conhecimento universalizado das técnicas de orientação e navegação e com os tijolos da constante oportunidade de praticar em pistas de Orientação. A casa da Autidó, como qualquer outra, despende recursos, sendo viável se for economicamente sustentável, com um especial cuidado com as fazendas, escolas, chácaras que praticamos a Orientação, pois estes são o nosso campo de jogo.

Esta Carta de Intenções é uma espécie de REFERENCIAL ESTRATÉGICO DA AUTIDÓ
Resultado de imagem para objetivos definidos



quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Macro-Orientação

Imagine que você está fazendo sua pista, chegando no controle. É aquele momento que você liga o radar de prisma. De repente ... você encontra! Não um, mas dois, três prismas! Pegadinha?
Parece. Mas não é. O que se quer do orientista neste caso é uma cuidadosa leitura do mapa. Algum detalhe cartográfico ou a descrição do controle vai diferenciar o prisma certo. Este modelo de pista, no qual há outros prismas próximos ao correto, chama-se Macro-Orientação - Macr-O.
Esta é mais uma criativa tentativa de evitar as tradicionais perseguições na pista. A mais elementar dessas tentativas é o intervalo de partida entre os atletas. Não sendo isto suficiente, inventaram a Macr-O para penalizar o atleta que picotar o prisma do seu perseguido, mas que não corresponde ao ponto assinalado no seu mapa.

Vamos às imagens.

Neste pedaço de mapa, vemos que três pontos estão muito próximos. Quando o atleta chegar, ele vai ter que analisar qual dos prismas corresponde ao do seu mapa. Observe que o mapa do atleta vai estar com apenas um dos pontos. O seu concorrente estará com outro ponto (pode até ser o mesmo).
Fonte: wordofo.com

O mapa do atleta é como abaixo, ou seja, um percurso normal. Observe que há uma diferença no cartão de descrição. Lá, não consta o número do controle. No lugar está uma letra. O primeiro conjunto de pontos de Macr-O tem a letra A, o segundo B e assim sucessivamente. Os pontos que não têm Macr-O seguem com o número do prisma. Então, nem todos os pontos da pista estão sob o sistema Macr-O.


Fonte: wordofo.com

Numa análise fria,

verifica-se que os percursos deixam de ser iguais, o que prejudica a igualdade de condições necessária a uma competição esportiva. Esta é uma das principais críticas a este modelo.
Por outro lado, dizem que o percurso fica bastante divertido e desafiador. Isto porque é necessária a acurada leitura do mapa e tentar não se influenciar pelo ímpeto de outros concorrentes em volta. Assim, é ótimo para treinamentos e afiamento da autoconfiança.
Há vários anos, procura-se maneiras de evitar perseguições na Orientação.  A Macr-O foi uma dessas. Um dos seus testes de validação foi feito no Campeonato Norueguês de Primavera, em 2007. Como até hoje, 2018, a Macr-O não é adotada em campeonatos do ranking mundial, evidencia-se que ela é inadequada para competições.
Resta uma questão: por que este nome, Macro-Orientação?
Para se diferenciar de uma outra tentativa de dispersar as perseguições, a Micro-Orientação. Mas isso fica para uma outra postagem.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Magia

O “poder”.
Taí um efeito colateral da orientaçāo. Não é “poder” em sentido maligno ou dominador, tipo Darth Vader. É o “poder” como capacidade, habilidade, conhecimento.
Um famoso slogan do esporte Orientação sintetiza bem isso:
Give a map and I'm magic.
(Me dê um mapa e eu faço mágica)

A capacidade de ler um mapa torna possível você ir em locais que nunca esteve, que você nem sabia que existia. Já pensou nisso?!
E o melhor: você volta!
Atalhar pelas matas, atravessar imensidões sem sinal de civilização urbana. Por um momento, parece que você está perdido. Você entra aqui e, de repente, ..., abracadabra!!!, ...
Imagem: por Afonso Pereira Lopes
... , você sai lá, chega numa trilha, numa casa, numa cachoeira, num mirante, ..., num prisma. Uma satisfação!!!
Alguns dirão que tudo é um golpe de sorte. Um truque de usar um mapa para chegar em algum lugar.
SÓ QUE NÃO!
É mágica mesmo. A mágica do conhecer a técnica, de aplicar a habilidade, de interpretar o terreno. A mágica de poder fazer!
Mas presta atenção que a mágica do “poder” na orientação exige técnica e prática. Para o slogan não virar:
Give a map and I'm crap.
(Me dê um mapa e eu faço besteira)


quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Emoção

A Orientação é um esporte individual.

A maior parte dos desafios deste esporte acontecem dentro da cabeça do indivíduo. O atleta lê, pensa, planeja, executa, erra, conserta, acerta, ..., tudo sozinho! A Orientação é individual ao quadrado.
Quando se compara com outros esportes, percebe-se logo a diferença. Sabe aquele incentivo da torcida? Ou a automotivação por estar na frente da assistência? Existe só na chegada da pista. E olhe lá!!!
E a disputa olhando a cara do adversário? É possível você partir na pista e só voltar a ver um humano na chegada.
A competição com essa interação com outras pessoas dá o ar de "emoção" para a prova. No mundo individualista da Orientação, três arranjos de percursos privilegiam a emoção do tête-à-tête: a perseguição, o revezamento e a micro-Orientação.

A perseguição se faz no último percurso de uma série de pistas. O melhor exemplo deste arranjo é o O-Ringen, a maior competição de Orientação do mundo, na Suécia. Somam-se os tempos das quatro primeiras pistas. Na quinta, a da perseguição, o atleta com o menor tempo somado inicia a pista; o segundo melhor sai na diferença do seu tempo para o do primeiro colocado; o terceiro sai no tempo da sua diferença para o segundo; e assim sucessivamente. A colocação final nessa pista é o resultado final de toda a competição. É uma disputa direta e intensa contra seus adversários, que estão te perseguindo, como você está fazendo com os da frente. Bem bolado, né?!?!

Emoção na disputa: nota 9.
Emoção na torcida: nota 4.
Fonte: worldofo.com

revezamento é a prova menos individual da Orientação. Todos os primeiros atletas saem juntos, o que já difere das provas tradicionais. Os percursos são menos solitários, mas permanecem totalmente individuais. A torcida participa bem nas transições dos atletas e da chegada, pois a ordem de chegada das equipes já é o resultado final.
Emoção na disputa: nota 6.
Emoção na torcida: nota 6.
  
Fonte: worldofo.com
micro-Orientação é uma competição num espaço restrito, como um ginásio. A ideia é ter arquibancadas ao redor. Isto porque a MicrO é um Orientshow, um espetáculo da Orientação. É muito utilizada para demonstrar o esporte. Na mais "emocionante" forma de MicrO, partem 4 atletas adversários para fazer exatamente o mesmo percurso. Quem fizer primeiro, sem erros, ganha. Tudo sob os aplausos e zoaçōes da torcida.
Emoção da disputa: nota 10.
Emoção da torcida: nota 9.



Mas engana-se quem acha que a Orientação é solitária. O pós-pista é da galera, um super entrosamento comunitário. Mas isso é uma outra história.

terça-feira, 11 de julho de 2017

Aprendendo Orientação

"Você bilíngue"

O slogan é da escola de idiomas Wizard, mas bem que podia ser da Autidó.
Porque aprender orientação é decifrar o idioma, o idioma que nos localiza no espaço geográfico.
A parte central desta "língua" é a leitura de mapas. A Autidó tem um curso para aprender a ler uma carta topográfica.

O Curso têm 4 módulos:

  • O primeiro é o mais importante de todos: o Treinamento Inicial. O principal objetivo é utilizar as técnicas de leitura de mapas. O aprendizado deste módulo já habilita o indivíduo a participar de uma prova de Orientação na categoria novato.
  • O módulo de Modelado do Terreno foca a leitura do mapa quanto às forma do relevo. Aqui se aprende a ler como as curvas de nível mostram a 3ª dimensão do terreno.
  • O módulo de Bússola ensina sobre este importante acessório de orientação. Na primeira fase, o aprendizado é de operação do aparelho, enquanto a fase seguinte explora a tática de uso da bússola.
  • E, finalmente, a apresentação sobre o esporte. Neste módulo, a instituição Orientação é caracterizada pela suas regras, federações, clubes e competições.
O leitor deve observar que por vezes a palavra "orientação" está escrita com a inicial maiúscula, para diferenciar quando esta atividade se refere ao esporte Orientação. Pois este curso transmite os conhecimentos universais de orientação por meio do aprendizado lúdico do esporte Orientação.
Esta é a razão de esta metodologia ser a preconizada pela Confederação Brasileira de Orientação, com o Curso de Iniciação ao Esporte Orientação homologado pela Federação Paulista de Orientação.
O Curso dota o indivíduo de conhecimentos suficientes para a navegação com mapas topográficos. Se o conhecimento for para o desenvolvimento no esporte Orientação, o atleta já poderá ousar participar de pistas difíceis (nível B) e, com mais experiência, até das pistas tecnicamente muito difíceis (nível A).
Fonte: https://busofhope.files.wordpress.com